
A prática de abstinência sexual permite evitar a 100% o VIH e outras infeções sexuais ou a gravidez indesejada. No entanto, as pessoas que pretendem partilhar e viver plenamente a sua vida sexual podem integrar comportamentos e métodos que permitem reduzir ou mesmo eliminar o risco de transmissão de IST.
O uso de métodos de barreira de forma consistente e correta em todas as práticas permite praticar sexo sem risco.
Os métodos de barreira como o preservativo (feminino ou masculino) protegem contras as Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST), incluindo o VIH/SIDA, ao mesmo tempo que são eficazes na prevenção da gravidez. São uma forma segura, económica e sem riscos para a saúde de praticar sexo seguro.
- O preservativo funciona como uma barreira e, usado corretamente, impede o contacto das mucosas genitais com sangue, esperma e secreções vaginais.
- Existem diversos tipos de preservativo, de diferentes materiais e tamanhos. É importante escolher aquele que melhor se adapta à pessoa e ao tipo de relação sexual.
- Deve ser utilizado um preservativo diferente para cada prática sexual (oral, vaginal, anal) e não devem ser utilizados dois preservativos ao mesmo tempo, feminino ou masculino. Os preservativos são descartáveis e de utilização única.
- A lubrificação é importante mas devem ser evitados óleos de massagem, vaselina, cremes ou outros produtos oleosos que podem danificar o preservativo comprometendo a sua função. O indicado é o uso de gel lubrificante à base de água ou produtos compatíveis com o latex.
Vale a pena usar preservativo porque:
1. É higiénico
Previne infeções e gravidez porque evita qualquer tipo de contacto entre mucosas genitais e fluidos corporais.
2. Não tem contraindicações
O preservativo não possui efeitos colaterais. Os casos de alergia a látex são muito raros e, para estas pessoas, há sempre os preservativos feitos com poliuretano.
4. É fácil de comprar e económico
Farmácias, lojas de conveniência, supermercados e até em casas noturnas. Nestes e em outros lugares você pode comprar o preservativo por um preço acessível. Há locais em que são distribuídos gratuitamente.
5. Pode ser um ‘ingrediente’ a mais nos preliminares do sexo
Colocar o preservativo no(a) parceiro(a) pode ser uma experiência prazerosa e divertida. Basta seguir corretamente o modo de usar e soltar a imaginação.
6. Há para todos os gostos
Com maior ou menor espessura, com lubrificante ou não, com cores diferentes, texturas e sabores. O preservativo pode ser um componente diferente e divertido da relação sexual.

E quando o preservativo rebenta?
Descobre as causas e o que deves fazer nesta situação.
O preservativo é um método de barreira eficaz na prevenção de Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST). Quando o preservativo rebenta a sua função fica comprometida, pois pode ocorrer troca de fluidos como o sémen, fluidos vaginais e sangue, podendo ocorrer a transmissão de uma infeção.
Porque rebenta?
- Data de validade expirada – ao usares preservativos fora da data de validade corres maior risco de que este rebente porque perde lubrificação, flexibilidade e força;
- Armazenamento incorreto – fatores como a exposição ao sol ou a temperaturas extremas degradam o material e podem fazer com que se torne menos resistente;
- Colocação incorreta – ao ser colocado, o preservativo deve ficar ser ar no reservatório (imagem), dessa forma fica com “espaço de manobra” e não rebenta durante a relação sexual.
- Pouca lubrificação – o lubrificante torna a penetração menos abrasiva para o preservativo, mantendo, dessa forma, a sua função por mais tempo. Devem ser utilizados lubrificantes à base de água ou compatíveis com o preservativo que estiveres a usar.
O que fazer quando o preservativo rebenta?
É muito importante manter a calma. Existem formas de reduzir o risco de seres infetado com alguma IST.
Numa relação vaginal ou anal:
- Senta-te na sanita e faz força com os músculos da vagina/ânus até que o esperma saia! Lembra-te que as lavagens internas apenas empurram o esperma mais para dentro. Lava-te só por fora.
- Se não tiveres certeza sobre o estatuto serológico do/a teu/tua companheiro/a vai com urgência a um hospital!
Numa relação oral:
- Cospe de imediato qualquer sémen que tenhas na boca ou engole o mais rápido possível. O importante é não manter o sémen na boca para que não seja absorvido qualquer vírus ou bactéria pela mucosa oral.
- Evita lavar os dentes, a fricção da escova na gengiva pode causar pequenas feridas através das quais os vírus ou bactérias, causadores de IST, entram no organismo.
A PPE pode impedir a infeção pelo VIH/SIDA, após a exposição a este vírus. O tratamento consiste na toma diária de medicamentos antirretrovirais durante 4 semanas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, se tomada correctamente a PPE tem uma taxa de sucesso de 80%.
Como?
Após infectar o organismo, o VIH inicia uma rápida reprodução viral com elevada produção de cópias do vírus, de forma a instalar-se permanentemente no sangue. A toma da PPE pode impedir a infecção por VIH, atacando o vírus numa fase em que o número de cópias é baixo, impossibilitando que este destrua linfócitos e se multiplique.
Quando?
O tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível, após a exposição ao vírus e nunca após as 72 horas (3 dias). A eficácia do tratamento diminui drasticamente entre as 36 e as 72 horas.
Como aceder?
Deves dirigir-te ao serviço de urgência de um hospital e falar com um infecciologista. O médico colocar-te-á algumas questões sobre o episódio. É importante perceber se já tinhas contraído VIH antes, por essa razão realizarás um teste rápido. Após a avaliação do teu risco de exposição ao VIH, o médico decidirá se deve, ou não, prescrever-te esta medicação.
Quais são os efeitos secundários mais comuns?
Diarreia, dores de cabeça, enjoos, vómitos, fadiga.
Por isso, deves proteger as tuas práticas, recorrendo aos métodos de barreira (preservativos, bandas de látex, …). Já que:
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- são mais eficazes
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- não têm efeitos secundários
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- são de fácil acesso
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- só precisam de ser utilizados durante a relação sexual
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- protegem de outras Infeções Sexualmente Transmissíveis (Hepatites, Sífilis, HPV, Gonorreia, Clamídia, entre muitas outras).